Projeto de Lei do Legislativo deu nomes às Ruas do Bairro Monte Claro
Projeto de Lei do Legislativo deu nomes às Ruas do Bairro Monte Claro
PUBLICADO EM 25/02/2016 - 10:55

Sessão da Câmara de Vereadores contou com a presença de familiares de

homenageados e estudantes que realizaram pesquisa junto ao bairro

Na Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores, realizada no dia 27 de novembro, foi aprovado, por unanimidade, o Projeto de Lei do Legislativo Nº 005/2014, de denominação de ruas e travessas do Bairro Monte Claro. Os nomes das pessoas homenageadas foram sugeridos pela própria comunidade e a pesquisa da vida destas pessoas foi realizada pelos estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cônego Stanislau Olejnik, que participaram da Sessão, realizada em horário especial, às 15 horas. A coordenação do trabalho junto à escola foi da Monitora Delires Ramseier, que acompanhou os jovens nas entrevistas com os familiares dos homenageados, com total apoio da Diretora Márcia Morette e da Coordenadora Pedagógica Lisiane Wietkoski.

O Projeto de Denominação das Ruas do Bairro partiu de moradores da comunidade que solicitaram à Câmara de Vereadores a denominação das vias públicas que hoje são identificadas através de letras. O presidente Poder Legislativo, Daniel Fernandez, solicitou apoio da Escola Cônego Stanislau Olejnik para a pesquisa no meio da comunidade.

Entretanto, esta preocupação com o nome das ruas não é recente. Nos anos de 2012 e 2013, o vereador Dinarte Afonso Tagliari Farias já havia apresentado indicações sugerindo que a Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Desporto, a Escola Municipal Cônego Stanislau Olejnik e representantes da comunidade do Bairro Monte Claro realizassem reuniões para discutir sobre a alteração dos nomes das ruas do bairro representadas pelas letras A, B, C, D, E, F, G e H. As duas indicações foram aprovadas pela unanimidade dos vereadores.

Receberam denominação as ruas A, que passa a denominar-se de Rua Revendo Guilherme Doege; rua C, que passa a denominar-se de Rua Arnaldo da Silva; a D, que passa a denominar-se Rua Osvaldo Luiz Prezzotto; a E, que passa ser Rua João Batista Pereira; a F, Rua Antônio Espedito de Brito; a G, Rua Adolfo Bernardo dos Santos; a H, Rua João Batista Elias; a A, Rua Leopoldino Moreira de Lima.

As duas travessas existentes no Bairro passam a chamar-se Travessa Salete Beledelli e Travessa Júlio de Castilhos. A rua B não será denominada neste Projeto de Lei Legislativo, pois a mesma já foi denominada através da Lei Municipal n.º 1.693, de 29 de junho de 1987, sendo Rua Cônego Stanislau Olejnik. A rua A seguirá a denominação da Rua Revendo Guilherme Doege, pois é continuação desta. E a rua D seguirá a denominação da Rua Osvaldo Luiz Prezzotto, pois também é continuação desta.

                                         

OS HOMENAGEADOS

 ADOLFO BERNARDO DOS SANTOS (ADOLFINHO)

Adolfo Bernardo dos Santos nasceu no dia 25 de maio de 1933, em Passo Fundo, Colônia Ernestina. Filho de Camillo Bernardo dos Santos e Maria Luiza Silveira, foi casado com Rosa Bernardo dos Santos, com quem teve oito filhos – Adair, Ivanir, Jair Antônio, Lurdes, Salete Margarete, Maria Lucimar e Cleomara.

Foi uma pessoa que ajudou muito a comunidade, os amigos que precisavam, desde o tempo da Colônia Ernestina, interior  de Passo Fundo. Residiu no bairro por mais de 40 anos. Faleceu no dia 26 de fevereiro de 2007.

 ARNALDO DA SILVA

Arnaldo da Silva nasceu no dia 30 de novembro de 1935, em Getúlio Vargas. É filho de José Francisco Antunes da Silva e Donária Vieira da Silva. Foi casado com Eloriza Maria da Silva, com quem teve quatro filhos: Maria Salete, Dani Laura, Lucas e Daniela.

O homenageado ajudou na construção da Igreja do Bairro. Como festeiro, sempre trabalhava muito nas festas que buscavam recursos para a obra. Também fazia parte do Círculo de Pais e Mestres da Escola e estava sempre pronto para ajudar quem necessitava. Faleceu no dia 3 de outubro de 2006.

 ANTÔNIO ESPEDITO DE BRITO

Antônio Espedito de Brito nasceu no dia 6 de agosto de 1945, em São José do Ouro. Filho de João Pereira de Brito e Ezolina Vieira da Silva, foi casado com Adélia Almeida de Brito. Teve seis filhos: João Carlos, Júnior César, Juliana Fátima, Gelson Antônio, Jucelaine Teresinha e Jucieli Maria.

Membro atuante ativamente da comunidade, ajudou a fundar a Capela. A primeira missa foi celebrada em frente à sua residência, no dia 4 de janeiro, às 16 horas, com aproximadamente 1.000 pessoas. Encenou várias vezes o teatro Paixão de Cristo, em procissão no Bairro representando Cristo. Sempre foi um colaborador ativo nas festas da Capela.

Juntamente com sua esposa, Adélia de Brito, Antônio Espedito fazia parte da diretoria da Comunidade e do CPM da Escola. Sempre se doou na ajuda ao próximo, sendo que o mesmo era organizador dos encontros de família que eram realizavam no bairro. Tinha um enorme amor ao bairro, sendo um amigo e colaborador do Padre Cônego, o qual lhe depositava muita confiança. Por sua vez, ajudava em tudo o que o Padre necessitava. Quando eram realizadas missas campais, eram organizados grupos responsáveis por cobrir com folhas de coqueiros para abrigar o padre do tempo.

Ao falecer, no dia 16 de setembro de 1999, as pessoas do bairro ajudaram no funeral.

 JOÃO BATISTA PEREIRA

João Batista Pereira nasceu no dia 1º de dezembro de 1927, em Getúlio Vargas. Filho de Percílio Pereira e Josefa Pereira, foi casado com Lucia Pereira, tendo quatro filhos: Genésio, Nilva, Claudiomiro e Maria Luiza.

Ajudava muito no bairro, especialmente quando uma rua estava precisando ser cascalhada e quando faltavam lâmpadas nos postes ele ia até a Prefeitura. Quando não era atendido ia para a rádio e “botava a boca no trombone”. Do seu jeito, João procurava ajudar a todos. Mesmo com a sua doença, o que plantava na horta dividia com todos. Faleceu no dia 19 de janeiro de 2004.

 JOÃO BATISTA ELIAS

João Batista Elias nasceu no dia 24 de junho de 1926, em Lagoa Vermelha. Filho de José Padilha e Julia Padilha Elias, foi casado com Ivete Sangal Elias. Teve quatro filhos adotivos: Elizangela, Elisete, Ivonete e Ari Anderson.

Fazia um trabalho voluntário junto com sua família, de sexta a domingo, na Igreja Batista Vida Nova. Cozinhava para crianças carentes, sendo que a comida era doada pela população. Cuidada das crianças de rua do Comdica. Quando lá não tinha lugar, ele e sua esposa levavam as crianças para sua casa. Muitas vezes ficavam lá para dormir com as crianças, porque estas não tinham onde ficar à noite. Quando faltavam camas, levavam parte delas para dormir em sua casa.

Mesmo com a doença, não desistiu do trabalho voluntário. Morreu no dia 2 de março de 2003.

 LEOPOLDINO MOREIRA DE LIMA

Leopoldino Moreira de Lima nasceu no dia 19 de setembro de 1923, em Erechim. Filho de Joaquim Moreira de Lima e Maria Moreira de Lima. Foi casado com Ana dos Santos e teve sete filhos: Dejanir, Ivanir, Edenir, Erlei, Elizangela, Vanderlei e Leonir.

Leopoldino ajudou na construção das casas, ajudava na Igreja com as festas como festeiro e também auxiliava o Padre Cônego. Ajudou na construção da igreja do bairro e tentava manter a ordem entre as famílias. Além de auxiliar na construção das casas, quando estas eram destelhadas em razão de temporais, procurava ajuda na Prefeitura. Também ajudava as pessoas a conseguir remédios quando estavam doentes e não tinham ninguém por elas. Faleceu no dia 10 de maio de 1981.

 SALETE BELEDELLI

Salete Beledelli nasceu no dia 29 de abril de 1952, em Getúlio Vargas. Filha de Emínio Beledelli e Amélia Beledelli. Foi casada com Cildo Jardim dos Santos. Não teve filhos.

Ajudava na Igreja com  a Missa, na Catequese e batalhou para colocar a caixa d´água que existe até hoje para levar água à comunidade. Organizou as pessoas para fazerem uma horta comunitária no Bairro, onde hoje é o campo de futebol. Trabalhava com o Padre na distribuição de pães. Faleceu no dia 13 de fevereiro de 2012.