A Câmara de Vereadores de Getúlio Vargas realizou uma importante homenagem no dia 8 de março, em Sessão Solene, ao entregar o Prêmio Mulher Cidadã 2018, a três mulheres que marcaram a história do Município e que realizam um trabalho exemplar na sociedade.
O Prêmio Mulher Cidadã foi instituído através da Lei nº 5.229, de 03 de março de 2017 e tem por objetivo homenagear mulheres que tenham se destacado profissionalmente ou prestado trabalhos de responsabilidade social voluntariamente, no âmbito municipal, com o objetivo de valorizar a mulher no contexto da cidadania. O Prêmio, que será entregue anualmente no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, contará com uma indicação de cada bancada dos partidos que compõem a Câmara do Município.
As homenageadas deste ano, Anissara Zir, Marlei Turski e Terezinha dos Santos de Martini receberam, junto com o tradicional troféu, um buquê de flores. Neste ano, o prêmio foi entregue no Dia Internacional da Mulher, o tornando ainda mais significativo. A noite foi de grandes homenagens. Em nome da bancada do Partido Progressista – PP, a vereadora Ivonete Delfino parabenizou as homenageadas e muito emocionada leu uma linda mensagem falando da importância da mulher no mundo. O Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, foi representado pela edil Deliane Assunção Ponzi que fez o uso da palavra, e também trazendo uma tocante mensagem, falou das batalhas e valores de Anissara, Marlei e Terezinha. Em nome do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, falou o vereador Vilmar Antonio Soccol, que fez questão de exaltar as grandes mulheres que estavam sendo homenageadas naquela noite e falou de seu comprometimento com a comunidade getuliense. O presidente da Casa, vereador Aquiles Pessoa da Silva, com sua forma simples e de coração, agradeceu a presença de todos e desejou às homenageadas toda força para continuarem em suas lutas.
As homenageadas
Indicada pela Bancada Progressista - PP, Anissara Zir, como em suas próprias e modestas palavras, sua história de vida não é muito diferente de tantas outras. Foram anos realizando as mais diversas atividades, e muitas vezes, ao mesmo tempo. Desde pequena dizia que queria ser professora. E assim se fez, foi professora particular de piano e começou a escrever em jornal ainda na adolescência. A trajetória no jornalismo começou aos poucos, também cedo. Desde então, não parou de escrever. A página social foi aceita pelos leitores e com o apoio da família, principalmente da mãe, que a ajudava como uma secretária, as coberturas de eventos e entrevistas passaram a fazer parte de seu dia a dia. Realizou trabalhos de modelo e manequim. Com o tempo, passou a organizar eventos do gênero, e também prestar consultorias nessa área. Foi diretora social nas últimas duas Expoincar (2005 e 2007). Foi presidente do Conselho Municipal Da Cultura, onde foi conselheira por várias gestões; também foi membro da Sociedade Amigos Da Biblioteca Pública Municipal Dr. Léo Stumpf e do Instituto Histórico e Geográfico de Getúlio Vargas. Já reuniu um grupo de voluntárias para fazer uma decoração especial no natal. Participou da organização da programação de natal e de aniversário do município, assim como do acampamento farroupilha. Auxiliou a Faculdade Ideau no natal encantado, promoção que ainda é realizada. Hoje Anissara é professora da rede pública estadual de ensino, lecionando Arte no Colégio Estadual Antônio Scussel e na Escola Estadual Padre Manoel da Nóbrega, pós-graduada em Educação Interdisciplinar, bacharel em piano, diretora do Jornal A Folha Regional, onde desempenha várias funções. É membro da Câmara Técnica Do Turismo Do Prodege/Accias, e também diretora, por várias gestões, da entidade. Embora não seja membro de nenhum clube de serviço, o Lions, o Leo, o Rotary, o Rotaract e a Casa Da Amizade. Vendo esta extensa lista de atividades, a mãe de Anissara, dona Leonilda, a perguntou, "por que você se envolve em tantas reuniões?". Sua resposta é simples: "porque alguém tem que organizar momentos para que a comunidade possa ter opções de lazer e entretenimento”. E assim, ela segue trabalhando ao lado de outras pessoas que também tinham esse pensamento. Ela acredita que ser mulher influenciou de alguma maneira na sua contribuição na sociedade. Segundo ela sempre é bom seguir bons exemplos. E se você pode ser um bom exemplo, isso é prazeroso.
Indicada pela Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro - PTB, Marlei Turski, para contar sua história Marlei usou palavras fortes: “Meus dias não foram sem dores, minhas conquistas vieram depois de muitas lágrimas e sofrimentos, o sol sempre brilhou depois que as tempestades passaram. Em todos os momentos a fé e a crença em deus estiveram presentes. Hoje chegando quase aos 60 anos aprendeu e festejar diariamente a graça de estar viva. Acredita ser uma mãe guerreira e batalhadora, tendo ao seu lado esposo, filhos, noras, netos e muitos amigos. Viajou!! Experimentou a beleza, lutou pelos seus sonhos. Hoje sua inspiração maior é seu ídolo e intercessor junto a deus, que assim o descreveu: “Um polonês de fé que não se cansou de lutar por justiça social. Homem simples, humilde, de coração generoso e liberto sem apego as coisas terrenas, padre Stanislaw Olejnik”. Na entrevista Marlei destacou que só aceitou estar entre as homenageadas justificando que é em sua memória, e porque o considera o líder dos líderes. O protetor e intercessor de Getúlio Vargas. Sua trajetória no Município iniciou em 1975. Como interna na Escola Normal Sta Clara, cursando o 1° ano do magistério. No ano seguinte 1976, consegui um contrato para dar aula na Escola Tiradentes (Rio Castilho) hoje já extinto. Cursava então o 2° ano magistério com 16 anos. Lecionou nas Escolas Municipais José Mazzolene (já extinta) e Pedro Herrerias e nas escolas estaduais Campos Sales (Floriano Peixoto), Mathias Lorenzon. Dos 34 anos de carreira sempre em sala de aula, os últimos 17 anos foram na escola de ensino especial Apae. Em 2009 ao completar 34 anos de trabalho encerra-se um ciclo. Este ciclo que vive hoje intensamente e que representa a colheita de tudo que semeou e plantou. Em suas palavras, de bem com a vida sim, pois ela tem a cor que pintamos. Atuou no Bairro Champagnat nas diretorias, ou conselhos do Centro Comunitário, e como associação dos moradores. Foi integrante atuante no grupo Escoteiro Bororós. Foi catequista, integrante, atuante do 15° Núcleo do Cpers sindicato, presidente da Associação dos Moradores da Área Central. Em dezembro de 2004 fundaram em Getúlio Vargas o núcleo da Braspol (representação da comunidade polonesa no Brasil).
Indicada pela Bancada do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, Terezinha dos Santos de Martini se define como alguém muito simples e sem luxos. E é só conversar alguns minutos com ela que isso se confirma. Uma vida de muitas idas e vindas, natural de Souza Ramos, veio para a cidade Getúlio Vargas, ficou viúva muito cedo, e aos 28 anos enfrentou a vida como uma mulher guerreira. Residiu no Paraná, em Lages, Passo Fundo. Criou seus filhos sozinha, trabalhando na limpeza da Prefeitura de Getúlio Vargas durante 10 anos, é cabeleireira há mais de 30 anos. Seus olhos brilham ao falar do seu trabalho com artesanato. Trabalhou muitos anos com equipes na Apae produzindo peças de artesanato que eram vendidas para arrecadar fundos para entidade. Teresinha diz ter muito amor pela Apae, e que se sua saúde permitisse ainda atuaria fortemente na entidade. Também foi responsável por anos do tradicional Chá da Xícara da Igreja Assembleia de Deus. O seu desafio, além de criar suas filhas, foi acreditar que podia e que pode ainda fazer alguma coisa. E foi com fé que alcançou tudo o que queria. Nossa terceira homenageada é de poucas palavras, mas assim como as demais, possui um coração do tamanho do mundo.