Poder Legislativo entrega Prêmio Mulher Cidadã
Poder Legislativo entrega Prêmio Mulher Cidadã
PUBLICADO EM 25/02/2016 - 10:55

 

A Câmara de Vereadores de Getúlio Vargas realizou uma homenagem no dia 25 de maio, em Sessão Solene, para entregar o Prêmio Mulher Cidadã, a três mulheres que marcaram a história do Município e que realizam um trabalho exemplar na sociedade.

O Prêmio Mulher Cidadã foi instituído através da Lei nº 5.229, de 03 de março de 2017 e tem por objetivo homenagear mulheres que tenham se destacado profissionalmente ou prestado trabalhos de responsabilidade social voluntariamente, no âmbito municipal, com o objetivo de valorizar a mulher no contexto da cidadania. O Prêmio, que será entregue anualmente no mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, contará com uma indicação de cada bancada dos partidos que compõem a Câmara do Município.

As homenageadas deste ano, Antonia Fatima Werminghoff, Ivone De Giacometti Peruzzolo e Linda Maria Santolin, receberam um buquê de flores e um troféu. Durante a noite as homenageadas receberam diversas homenagens. Em nome da bancada do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, Deliane Assunção Ponzi fez o uso da palavra, e por muitas vezes se emocionou ao falar dos grandes papéis que a mulher representa, tanto na família como na sociedade. Em nome da bancada Progressista e também do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB , falou o vereador Eloi Nardi, que fez questão de exaltar as grandes mulheres que estavam sendo homenageadas naquela noite. O presidente da Casa, vereador Vilmar Antonio Soccol, também emocionado agradeceu a presença de todos e ao trabalho árduo realizado por Antonia, Ivone e Linda. Ivone falou em nome das homenageadas e além de agradecer falou sobre os desafios de ser mulher e ter travar uma batalha por dia.

Realizando esta homenagem, o Poder Legislativo ressalta a importância da existência de Lindas, Ivones e Antonias no mundo. Mulheres que lutam com toda sua alma por uma sociedade melhor todos os dias. 

 

As homenageadas

Antonia Fatima Werminghoff, nascida em 17 de novembro de 1953 em erechim, há 45 anos decidiu residir em Getúlio Vargas. Filha de Paulo e Belmira Kameneff, casou-se em 16 de julho de 1977 com Antonio Henrique Werminghoff com quem teve dois filhos, Alexandre e Paulo Henrique. Com uma vida repleta de histórias, de alguém que batalha todos os dias, a professora aposentada recebeu em 2009 um convite muito especial, para iniciar sua caminhada no Lar da Menina como vice-presidente.  Antonia conta que isso a surpreendeu, pois sabia da grande responsabilidade que teria. Ela desempenhou a atividade até 2012. No ano seguinte foi eleita presidente da entidade, cargo que continua exercendo. Ao falar sobre o Lar da Menina e seus 50 anos de história comemorados este ano, seus olhos brilham e seu coração se enche de orgulho, mesmo com toda a humildade que possui. Ela lembra que a entidade iniciou suas atividades em uma casinha de madeira e que até hoje um esforço tremendo faz com que as atividades continuem. Antonia faz questão de lembrar das pessoas que doam suas vidas ao Lar da Menina, entidade filantrópica que conta diariamente com a comunidade.   de acordo com ela, há pessoas que doam tempo, outros fazem doações em dinheiro.  Alguns auxiliam quando podem na limpeza ou na cozinha. Todos eles, juntamente com os funcionários, e claro a Dona Antonia, mantem a Lar de tantas crianças.  

 

Ivone De Giacometti Peruzzolo, nascida em 08 de março de 1966, natural de Getúlio Vargas, é filha de Augusto De Giacometti e Otilia Caldatto De Giacometti. Casou-se em 26 de janeiro de 1991 com Adair Peruzzolo. Tem 2 filhos Lucas e Lorenzo. Pedagoga, iniciou sua carreira no magistério na Escola Municipal Pedro Herrerias. Após lecionar em várias instituições, em 1995 iniciou na Apae, na qual continua até hoje. Aposentou-se de professora municipal em 2016. Esteve na direção da escola de educação especial, mantida pela Apae por 14 anos. Atualmente atua como professora na entidade. Até o ano de 1994, Ivone conta que não sabia o que era Apae. Mas as coisas mudaram, pois neste ano nasceu Lucas, seu filho portador da Síndrome De Down. A professora sentiu de perto a dificuldade das famílias, quando começou a acompanhar Lucas ao atendimento de estimulação precoce. Ivone foi convidada a trabalhar na Apae. De acordo com suas próprias, palavras as coisas acontecem seguindo um ritmo e um rumo. E sobre esse trabalho ela ressalta que muito se ouve falar em inclusão, porém somente a inclusão escolar. “Mas incluir não é apenas isso. O olhar da acessibilidade tem que estar ligado ao sentimento, ao afeto. Enquanto as pessoas não se sentirem tocadas, continuarão desconhecendo a realidade. É preciso desenvolver a empatia, para que a inclusão ultrapasse a barreira escolar e arquitetônica, mas principalmente a barreira atitudinal. Ou seja, a atitude a o olhar das pessoas precisa mudar”.

 

Linda Maria Santolin, também natural de Erechim, nasceu em 21 de novembro de 1947.   Nos olhos Linda transborda uma vida carregada de histórias. Uma vida que com certeza renderia um lindo livro. Mas ela jamais se renderia, isso porque esta mulher é um dos seres humanos mais humildes e altruístas que habita esse mundo. Em 6 de fevereiro de 1971 casou-se com Volmir Santolin e com ele teve três filhos: Patrícia, Vinícius e Letícia Bruna. Há 56 anos ela veio para Getúlio Vargas e aqui construiu sua vida.   Comerciante de berço, Linda foi crescendo e seu coração ainda mais. Sempre prezando e olhando com carinho ao próximo, ela realizou diversas atividades, algumas ligadas a entidades e outras como parte da comunidade. Linda, além de comerciante é sócia do Lions Clube há mais de 25 anos, atualmente a maior dentre as organizações internacionais de clubes de serviço do mundo, voltada para serviços humanitários. Apaixonada também pela dança e tradições gaúchas, batalhou pela criação do DTG Laços da Amizade. Ela lembra com entusiasmo de todas as dificuldades vencidas pelo grupo e se orgulha do que, ao lado de parceiros, ele se tornou. A homenageada também faz parte, juntamente com seu esposo Volmir, da direção do Centro Comunitário Centenário. Uma mulher de fé na vida, no ser humano, no amor ao próximo. Além de devota, foi grande amiga do Padre Cônego Stanislaw Olejnik. Com ele ao seu lado, ainda hoje, Linda continua fazendo o bem, sem de fato, olhar a quem. Uma das responsáveis pela estátua em memória aos 106 anos do Padre Olejnik, celebrados em 2015, na igreja matriz imaculada conceição. Linda não possui este nome em vão. É Linda de nome, alma e coração.